quinta-feira, julho 20, 2006

Artesanato no Parque Nacional das Emas


Chapadão do Céu é um município que protege a infância e acredita no futuro de suas crianças. O maior exemplo disso é o bem-sucedido Projeto Florescer.
Criado há 12 anos, o programa municipal está em constante evolução e atualmente atende 120 crianças carentes de 7 a 16 anos.
O Florescer oferece inúmeras atividades pedagógicas. Tem oficina de artes, teatro, leitura, arte culinária, bordado, oficina de pipas, modelagem em argila, aulas de xadrez, dança, reforço escolar, karatê, capoeira e natação, dentre outras modalidades.
A partir dos 16 anos, os alunos do Florescer podem auxiliar os professores, na condição de monitores, ganhando uma bolsa mensal de R$ 90,00. As bolsas são subsidiadas por empresários da região. Os monitores se habilitam para trabalharem em escolinhas infantis.
Florescer
Localizado no Parque Nacional das Emas, o projeto Florescer tem como um dos principais objetivos a educação ambiental. A sede do Florescer é uma chácara próxima da cidade. Lá tem pomar, jardim e horta, inclusive com plantas medicinais, que os alunos aprendem a identificar.
E é neste ambiente bonito e tranqüilo que a criatividade floresce. Antas, araras, tamanduás, tatus, lobos, emas e muitas outras espécies do cerrado emprestam suas formas e coloridos aos trabalhos manuais produzidos pelos alunos.
As crianças aprendem os hábitos de cada animal da região, enquanto confeccionam almofadas, sacolas, quadros e diversos objetos em forma de bichinhos.
A coordenadora do projeto, Marta Ferreira Costa, diz que o objetivo é resgatar o amor pela natureza.“Aqui as crianças aprendem que os animais e as plantas também têm sentimentos e precisam ser tratados com carinho.”

Pipas rumo ao céu
A atividade preferida pela petizada do Florescer é a confecção de pipas. A expectativa é grande por causa do Torneio Municipal de Pipa e a criatividade corre solta.
São pipas com formato de bichinhos, de tamanhos variados. A performance também conta e o céu de Chapadão é colorido pelas obras de arte.
A professora de pipa,Cleusa Ribeiro Martins, 39, conta que está no projeto há cinco anos. “Aprendi a linguagem infantil com meus três filhos, que já estão grandes. Cada aluno daqui é como se fosse meu filho também. São crianças dóceis, carentes financeira e afetivamente. Todos são muito queridos pela equipe de professores. Somos uma grande família”, conclui.
Elói Luiz Abelig, 11, está há três anos no Florescer e diz que adora confeccionar pipas. “Existem muitos modelos. Agora estou fazendo uma pipa invasora”, ensina.
Francisco Leonardo da Silva, 11 anos, está no projeto desde os 7. Ele é campeão de xadrez, caratê e futebol.

* Matéria publicada no jornal Diário da Manhã, no encarte "Goiás em Raio X" - Chapadão do Céu - 2003

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