“Mentes perigosas”, editora Fontanar, escrito pela psiquiatra brasileira Ana Beatriz Barbosa e Silva é um dos grandes sucessos editoriais do momento.
Para mim, chega a ser um livro de “utilidade pública”, pois nos ajuda a identificar pessoas psicóticas e nos ensina a fugir delas.
A psiquiatra nos alerta que o mal existe sim, e temos que fugir dele. De acordo com seus estudos, 4% da população mundial sofre de algum distúrbio psicótico, a maioria homens.
Ana Beatriz explica que o indivíduo psicótico tem plena consciência de que está errado, mas não se importa com o que faz, não tem sentimentos, não se arrepende e nem tem dó da vítima, e sempre repete os erros.
De acordo com a autora, são indivíduos que gostam de fazer outras pessoas sofrerem e não se incomodam com isso. “Geralmente, eles escolhem pessoas boas de coração e as usam, mentem, iludem, machucam, sem o menor remorso”.
“Nesse caso, enquadram-se “falsas amigas” que ouvem suas lamúrias, dão conselhos, aproximam-se e depois que tem sua confiança e sabem detalhes da sua vida, usam seus sentimentos para fazer intrigas e distorcer sua vida, causando danos profundos”.
Também é o caso de homens que se aproximam de mulheres honestas, boas, as seduzem e fazem-nas apaixonarem-se por si, envolvendo-as num jogo de sedução e poder. Esses homens são sedutores e apaixonantes e quando pegam os pontos fracos da vítima, oferecem amizade, carinho e amor.
Mas logo, eles revelam a verdadeira face e provocam profundo sofrimento na vítima. Desprezam-na friamente, matam seus sonhos impiedosamente, sem o menor sentimento de culpa, e partem para a próxima vítima, como se não tivessem feito nada de errado.
Ana Beatriz avisa: são mentes perigosas, é a prova de que o mal existe e não tem cura. No livro, ela afirma que psicopatas nascem com um funcionamento cerebral que não permite conexão com os outros seres humanos – e por isso agem sem limites. A médica diz ainda que é um equívoco relacionar psicopatas apenas com pessoas capazes de atos violentos ou assassinatos em série. “Eles são 4% da população e podem ser qualquer pessoa: um colega de trabalho, a amiga, o namorado, marido ou um filho”.
A psiquiatra afirma que temos que ter consciência de que a maldade existe:
"Nós, latinos, afetivos, passionais, temos dificuldade de admitir que existem pessoas más. Ao contrário do doente mental psicótico que não tem consciência do que faz, o psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.”
A autora (foto) alerta:
“Todos os psicopatas têm em comum a ausência do sentimento em relação às outras pessoas. Não conseguem se colocar no lugar do outro, daí agirem de forma fria e sem arrependimentos. O que caracteriza o psicopata não é o nível do crime, mas a forma como ele o comete, a predisposição para planejar e executar sem nenhum sentimento em relação à vítima.”
Para Ana Beatriz, não é fácil detectar um psicopata, num primeiro momento, especialmente quando temos alguma ligação afetiva com eles:
“
Mas há algumas características básicas entre eles: falam muito de si mesmos, mentem e não se constrangem quando descobertos, têm postura arrogante e intimidadora por um lado, mas são charmosos e sedutores por outro. Costumam contar histórias tristes, em que são heróis e generosos. Manipulam as pessoas por meio de elogios desmedidos.Se tiver de começar a desconfiar de alguém, desconfie dos bajuladores excessivos. Chefes também podem ser psicopatas – o que costuma se manifestar pelo assédio moral aos funcionários. Um dado interessante é que eles não sentem compaixão, pena, remorso. Mas sabem, cognitivamente, o que é ter esses sentimentos. Daí representarem tão bem – e às vezes exageradamente – a vítima.”
A médica explica que as vítimas quase sempre são pessoas generosas, em especial aquelas que não acreditam no mal e costumam tentar justificar as atitudes de todo mundo.
Ela alerta que nem sempre os psicóticos são homicidas: “É um equívoco pensar que apenas assassinos seriais são psicopatas. Um psicopata pode nunca ter a necessidade de assassinar, mas ele resolve suas questões matando vidas afetivas e financeiras, prejudicando pessoas de forma irreversível, mas sem agredí-las fisicamente.”
Ana Beatriz Barbosa ensina: “Não podemos fazer concessão. Diante dos sintomas expostos, temos que fugir dessas pessoas e cortá-las da nossa vida, pois elas são más e impiedosas, por onde passam deixam um rastro de destruição.Os psicopatas são perversos, provocam traumas nas outras pessoas, mas não tem sentimentos e tendem a se repetir, não procuram ajuda, pois não acham que estejam errados. Então, cabe às pessoas normais , e de coração bom, identificarem as pessoas más e fugirem delas.”
Obs. A foto da escritora foi copiadado site www.revistaepoca.com.br