domingo, fevereiro 08, 2009

Para a confraria dos cafajestes

Dedico esse poema da genial Marina Colasanti aos cafajestes de plantão.
Isso mesmo, os "cafas", que são o que mais tem no mundo. Chego a me perguntar se existem exceções para essa regra...
"Cafa" é aquele que "canta tudo que se move" e não pode ver um rabo de saia (seja real ou virtual)... É aquele que só pensa em satisfazer seu ego imenso e desconhece a existência da palavra consideração.
Os cafas são tão imbecis que quando têm a sorte de encontrar um amor verdadeiro, são incapazes de reconhecê-lo.
Isso mesmo, os cafas são capazes de jogar no lixo, impiedosamente, os mais nobres sentimentos da mais sensível e sincera criatura.
Homens, deixem de ser ridículos! Olhem-se no espelho e coloquem a mão na consciência! Mas antes, lavem as mãos, tá?
Tenham vergonha na cara e parem de tratar suas companheiras como se elas fossem privada, onde vocês se aliviam e pronto!


Sexta-feira à noite


Sexta-feira à noite
os homens acariciam o clitóris das esposas
com dedos molhados de saliva.
O mesmo gesto com que todos os dias
contam dinheiro papéis documentos
e folheiam nas revistas
a vida dos seus ídolos.

Sexta-feira à noite
os homens penetram suas esposas
com tédio e pênis.
O mesmo tédio com que todos os dias
enfiam o carro na garagem
o dedo no nariz
e metem a mão no bolso
para coçar o saco.

Sexta-feira à noite
os homens ressonam de borco
enquanto as mulheres no escuro
encaram seu destino
e sonham com o príncipe encantado.

(Marina Colasanti)

6 comentários:

Anônimo disse...

Esta é a versão que eu conheço, mas não sei quem o autor,
Conheço vários poemas de Marina Colasanti e dos quais gosto muito, mas este não conhecia, só mesmo esta versão que coloquei por acaso no meu blogue sem autor porque desconhecia.

Domingo à Tarde

Domingo à tarde
Há homens que acariciam o clitóris das esposas
Com dedos molhados de saliva
O mesmo dedo com que todos os dias
Contam dinheiro papéis documentos
Folheiam revistas, livros e jornais
E acariciam o clitóris das suas amantes…

Domingo à tarde
Há homens que penetram as suas esposas
Com tédio e pénis
Mecânico
O mesmo com que todos os dias
Enfiam o carro na garagem
Metem a mão ao bolso
Penetram as suas amantes…

Domingo à tarde
Há homens que dizem às suas esposas
Que as querem que as amam que as desejam
Das mesma forma com que todos os dias
Pedem o café o jornal um maço de cigarros
E dizem às suas amantes que as querem que as amam que as desejam…

Domingo à tarde
Há homens que depois do sexo dormem
Enquanto as mulheres na penumbra
Encaram o seu destino
Mas morrem de tristeza
Lembrando os seus sonhos
As amantes dos seus homens
O amor que sempre desejaram
E sonham com um príncipe encantado…

Domingo à tarde
Há dias assim
Domingo à tarde
Há vidas assim!

Anônimo disse...

Nem sempre somos o julgamos ser,
Por vezes fazem-nos pensar
Que somos bem mais
Para percebemos depois
Que afinal não fomos
Na realidade
Ninguém.

Anônimo disse...

Amiga,
Será q esse texto tem a ver com a nossa conversar de sexta???
RSRSRSRs HAHAHAHAHAH
Bj

D.Ramírez disse...

nuossa q raiva..rs
nao ia comentar nao, nem sei oq é ser cafa, mas nunca inha visto uma poesia assim pra eles..hahaha
Vixee..rsrs
Besos

Marcia M. disse...

perfeito!e nada mais!beijos!

Braulio Pereira disse...

oi vi visitar voce....
gostei..

um beijo..